Durante nossa viagem a Ouro Preto, reservamos um dia para conhecer Mariana, cidade vizinha e igualmente encantadora. Saímos cedo de Ouro Preto, tomamos um ônibus e descemos num distrito chamado Passagem, para conhecer a maior Mina de Ouro aberta à visitação do mundo: a Mina da Passagem. A descida até o local é feita em um "trole", uma espécie de trenzinho, e a adrenalina já começa aí, devido a velocidade da descida. Lá embaixo, nos deparamos com um lago natural onde são realizados mergulhos profissionais. A temperatura é super agradável e as histórias contadas sobre a mina, que foi fundada no início do século XVIII, são de arrepiar, pois fazemos uma viagem no tempo imaginando as dificuldades e perigos enfrentados pelos trabalhadores em busca de ouro. Essa foi, sem dúvida, uma experiência muito marcante pra nós.
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Trole utilizado para descida até a Mina da Passagem |
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Interior da Mina da Passagem |
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Um dos lagos de caverna mais profundos do país |
Em seguida, fomos para Mariana e nossa primeira parada foi na Praça Claudio Manoel, ou da Sé, onde está localizada a Catedral Basílica da Sé ou de Nossa Senhora da Assunção. Uma das mais importantes e ricas igrejas mineiras. Concluída em 1760, conta com obras de Mestre Ataíde e Aleijadinho. Uma atração à parte é o órgão alemão "Arp-Schnitger", que veio para Mariana em 1753, sendo o único localizado fora da Europa. Até hoje são realizados concertos, às sextas e domingos, sujeito à mudanças. Pena que fomos num sábado e não era dia de concerto!
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Praça Claudio Manoel |
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Catedral Basílica da Sé
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra: localizado na Catedral Basílica da Sé, seu acervo conta com objetos utilizados no cerimonial religioso, como esculturas, pratarias, mobiliários, jóias, vestimentas, pinturas... Além de obras atribuídas à Aleijadinho e Mestre Ataíde. No subsolo existe uma cripta, onde estão enterrados os bispos da diocese de Mariana. Eu, particularmente, não estava me sentindo à vontade e fiz questão de permanecer por pouco tempo naquele local. rs...
Não é permitido fotografar no interior do museu
Partimos para a Capela de Sant'Ana, uma das mais antigas de Mariana, do ano de 1720. Sediou a Ordem de São Francisco. |
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Capela de Sant'Ana
Continuando nosso passeio, chegamos à Praça Gomes Freire, cercada por casarios do século XVIII, é um dos locais mais lindos da cidade. Lá, encontramos restaurantes, bares, sorveterias, etc...
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Comércio da Praça Gomes Freire, ao fundo Igreja de S. Pedro |
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Chafariz São Francisco, ao lado da praça
Em seguida, fomos à Praça Minas Gerais, formada pela Casa de Câmara e Cadeia e pelas Igrejas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo, além do Pelourinho. A Praça foi pensada para ser o núcleo civil da cidade, congregando os símbolos da justiça e dos poderes civil e religioso da época
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Praça Minas Gerais |
Casa de Câmara e Cadeia: funcionou como Quartel dos Dragões, guarda que servia aos governadores da capitania. Abrigou a Cadeia Pública, a Prefeitura, o Fórum e, ainda hoje, a Câmara Municipal de Mariana. |
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Casa de Câmara e Cadeia
Igreja de São Francisco de Assis: nesta igreja estão os restos mortais de Mestre Ataíde, nascido em Mariana. Possui pinturas do artista, assim como obras em pedra-sabão atribuídas à Aleijadinho. Encontrava-se fechada.
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Igreja de São Francisco de Assis
Igreja Nossa Senhora do Carmo: um incêndio, em 1999, quase destruiu completamente a Igreja, durante a finalização de sua restauração. Na entrada, existe um quadro com fotos dos estragos causados pelo incêndio. É permitido fotografar em seu interior. |
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Igreja Nossa Senhora do Carmo |
Pelourinho: estas construções serviam como Marcos de Jurisdição, onde eram castigados os infratores.
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Pelourinho |
Arquiconfraria São Francisco dos Cordões: formada por negros e pardos, criada por D. Frei Domingos Pontevel, em 1780. Encontrava-se fechada.
Chafariz de São Pedro: localizado no Largo de São Pedro, próximo a esta igreja. Construído antes de 1749 para abastecer a população de água potável. É atribuído à Aleijadinho.
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Chafariz de São Pedro |
Igreja São Pedro dos Clérigos: era a igreja que mais queríamos ver, mas infelizmente não conseguimos, pois estava fechada para o almoço e só reabriria duas horas depois. Como tínhamos pouco tempo para continuar na cidade, não pudemos esperar. Uma pena!
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Igreja de São Pedro dos Clérigos |
Restaurante Rancho: paramos para almoçar neste restaurante, localizado onde supostamente era a primeira casa de fundição das velhas Minas. Suas paredes de pedra, construídas por escravos, juntamente com sua decoração, nos fazem viajar no tempo. E a comida, sem comentários, simplesmente deliciosa!
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Restaurante Rancho |
Maria Fumaça (Trem da Vale): fechamos o dia com chave de ouro, retornando para Ouro Preto na Maria Fumaça. A construção do ramal de Ouro Preto foi iniciada em 1883, e seu prolongamento até Mariana, em 1914, sendo restaurado em 2006. O percurso dura 18 km e nos leva a uma viagem de volta ao passado com suas paisagens naturais.
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