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sábado, 24 de janeiro de 2015

Out/2014 - Um dia em Mariana

Durante nossa viagem a Ouro Preto, reservamos um dia para conhecer Mariana, cidade vizinha e igualmente encantadora. Saímos cedo de Ouro Preto, tomamos um ônibus e descemos num distrito chamado Passagem, para conhecer a maior Mina de Ouro aberta à visitação do mundo: a Mina da Passagem. A descida até o local é feita em um "trole", uma espécie de trenzinho, e a adrenalina já começa aí, devido a velocidade da descida. Lá embaixo, nos deparamos com um lago natural onde são realizados mergulhos profissionais. A temperatura é super agradável e as histórias contadas sobre a mina, que foi fundada no início do século XVIII, são de arrepiar, pois fazemos uma viagem no tempo imaginando as dificuldades e perigos enfrentados pelos trabalhadores em busca de ouro. Essa foi, sem dúvida, uma experiência muito marcante pra nós.

Trole utilizado para descida até a Mina da Passagem
Interior da Mina da Passagem
Um dos lagos de caverna mais profundos do país
Em seguida, fomos para Mariana e nossa primeira parada foi na Praça Claudio Manoel, ou da Sé,  onde está localizada a Catedral Basílica da Sé ou de Nossa Senhora da Assunção. Uma das mais importantes e ricas igrejas mineiras. Concluída em 1760, conta com obras de Mestre Ataíde e Aleijadinho. Uma atração à parte é o órgão alemão "Arp-Schnitger", que veio para Mariana em 1753, sendo o único localizado fora da Europa. Até hoje são realizados concertos, às sextas e domingos, sujeito à mudanças. Pena que fomos num sábado e não era dia de concerto!

Praça Claudio Manoel
Catedral Basílica da Sé

Museu Arquidiocesano de Arte Sacra: localizado na Catedral Basílica da Sé, seu acervo conta com objetos utilizados no cerimonial religioso, como esculturas, pratarias, mobiliários, jóias, vestimentas, pinturas... Além de obras atribuídas à Aleijadinho e Mestre Ataíde. No subsolo existe uma cripta, onde estão enterrados os bispos da diocese de Mariana. Eu, particularmente, não estava me sentindo à vontade e fiz questão de permanecer por pouco tempo naquele local. rs...

Não é permitido fotografar no interior do museu

Partimos para a Capela de Sant'Ana, uma das mais antigas de Mariana, do ano de 1720. Sediou a Ordem de São Francisco.
Capela de Sant'Ana

Continuando nosso passeio,  chegamos à Praça Gomes Freire,  cercada por casarios do século XVIII,  é um dos locais mais lindos da cidade. Lá, encontramos restaurantes, bares, sorveterias, etc...

Praça Gomes Freire



Comércio da Praça Gomes Freire, ao fundo Igreja de S. Pedro
Chafariz São Francisco, ao lado da praça

Em seguida, fomos à Praça Minas Gerais, formada pela Casa de Câmara e Cadeia e pelas Igrejas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo, além do Pelourinho. A Praça foi pensada para ser o núcleo civil da cidade, congregando os símbolos da justiça e dos poderes civil e religioso da época

Praça Minas Gerais
Casa de Câmara e Cadeia: funcionou como Quartel dos Dragões, guarda que servia aos governadores da capitania. Abrigou a Cadeia Pública, a Prefeitura, o Fórum e, ainda hoje, a Câmara Municipal de Mariana.
Casa de Câmara e Cadeia

Igreja de São Francisco de Assis: nesta igreja estão os restos mortais de Mestre Ataíde, nascido em Mariana. Possui pinturas do artista, assim como obras em pedra-sabão atribuídas à Aleijadinho. Encontrava-se fechada.

Igreja de São Francisco de Assis

Igreja Nossa Senhora do Carmo: um incêndio, em 1999, quase destruiu completamente a Igreja,  durante a finalização de sua restauração. Na entrada, existe um quadro com fotos dos estragos causados pelo incêndio. É permitido fotografar em seu interior.
Igreja Nossa Senhora do Carmo
Pelourinho: estas construções serviam como Marcos de Jurisdição, onde eram castigados os infratores.


Pelourinho
Arquiconfraria São Francisco dos Cordões: formada por negros e pardos, criada por D. Frei Domingos Pontevel, em 1780.  Encontrava-se fechada.



Chafariz de São Pedro: localizado no Largo de São Pedro, próximo a esta igreja. Construído antes de 1749 para abastecer a população de água potável. É atribuído à Aleijadinho.


Chafariz de São Pedro
Igreja São Pedro dos Clérigos: era a igreja que mais queríamos ver, mas infelizmente não conseguimos, pois estava fechada para o almoço e só reabriria duas horas depois. Como tínhamos pouco tempo para continuar na cidade, não pudemos esperar. Uma pena!


Igreja de São Pedro dos Clérigos
Restaurante Rancho: paramos para almoçar neste restaurante, localizado onde supostamente era a primeira casa de fundição das velhas Minas. Suas paredes de pedra, construídas por escravos, juntamente com sua decoração, nos fazem viajar no tempo. E a comida, sem comentários, simplesmente deliciosa!


Restaurante Rancho
Maria Fumaça (Trem da Vale): fechamos o dia com chave de ouro, retornando para Ouro Preto na Maria Fumaça. A construção do ramal de Ouro Preto foi iniciada em 1883, e seu prolongamento até Mariana, em 1914, sendo restaurado em 2006. O percurso dura 18 km e nos leva a uma viagem de volta ao passado com suas paisagens naturais.